sábado, 19 de abril de 2014

O LP Independente do Sambachoro


Capa criada pelo publicitário e produtor, Guy Joseph - Rio de Janeiro/1977
O Grupo Sambachoro formado pelo Mestre Zé Paulo (cavaco), Zé Carlos Bigorna (flauta e sax), Betinho Maciel (violão), Adriano Giffoni (baixo), Fernando Pereira (bateria) e Carlos Miranda (pandeiro) em 1977. O grupo gravou o Long-play, com o título de "Sambachoro" pelo selo Musiquim do publicitário Guy Joseph, que acreditou no grupo e prensou o LP vendendo cinco mil cópias de forma independente. O disco foi bem aceito pela crítica e por músicos como Hermeto Pascoal, Altamiro Carrilho, Abel Ferreira e Severino Araújo. Algumas músicas desse disco viraram prefixo da Rádio Nacional e da Rádio Globo FM. Após 20 anos, o grupo voltou a se reunir, desta vez como um trio, e gravou o CD "Alma carioca". O Sambachoro tocava uma mistura de choro, samba, bossa nova, jazz e clássico. Veja mais no Dicionário Cravo Albin da Música Brasileira www.dicionariompb.com.br/sambachoro.

Painel Excluído

O artista plástico e designer gráfico, Guy Joseph, criou esse painel para o Jornal O Norte em 1982, encomendado por Marcone Góes - superintendente. O inusitado era o suporte, feito com chapas de off-set gravadas com notícias históricas do Jornal, ao longo dos seus setenta e cinco anos. Tempos depois, as chapas de off-set foram arrancadas, para suprir necessidades de reciclagem de  material nas oficinas gráficas. Questionado, Marcone Góes alega que pagou pela obra, então podia fazer o que quisesse com ela!... o painel, não existe mais. Dizem que a sugestão de reutilizar as chapas off-set, partiu do poeta Marcus Tavares (então funcionário do Jornal), conhecido por sua verve e humor noir.


domingo, 13 de abril de 2014

VI CINEPORT - 2014



O cineasta, que dá nome à sala onde foi realizada a abertura do Cineport, Vladimir Carvalho, se encontrava na plateia ao lado do jornalista Gonzaga Rodrigues. Vladimir  foi um dos convidados para a solenidade de abertura da 6ª edição do Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, que aconteceu em João Pessoa, na Usina Cultural Energisa.A anfitriã, Mônica Botelho, presidente da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, que organiza o festival realizado a cada dois anos na Paraíba, deu às boas vindas a plateia. Em seguida, o pai de Mônica, Ivan Botelho, presidente do Conselho Administrativo da Energisa, anunciou que a empresa irá patrocinar uma estátua em bronze do poeta Augusto dos Anjos (1884-1914), que será aposta nos jardins da API - Academia Paraibana de Letras no ano em que é celebrado o centenário de morte do Paraibano do Século.O cheque de R$ 75 mil para confecção da estátua foi entregue pelo presidente da Energisa, Marcelo Rocha, e por Mônica Botelho ao presidente da APL, Damião Ramos Cavalcanti, que lembrou, em seu discurso, que o Ormeu Junqueira Botelho está enterrado no mesmo cemitério que o Poeta do Eu, em Leopoldina-MG.

sábado, 12 de abril de 2014

Marcélia Cartaxo | Sala de Cinema


Entrevista no programa Sala de Cinema - Comentários de Walter Carvalho.

Marcélia Cartaxo é uma atriz paraibana que foi descoberta por Suzana Amaral em uma apresentação teatral. Aos 19 anos interpreta Macabéia em "A Hora da Estrela", e com esta personagem aparece para o Brasil e o mundo. Ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília e se consagra no Festival de Berlin. Tem quase 30 filmes na carreira. "Batismo de Sangue", de Helvécio Ratton, "Césio 137 -- O Pesadelo de Goiânia", de Roberto Pires e "Madame Satã", de Karin Aïnouz, estão entre eles.Nunca antes uma atriz brasileira havia ganho um prêmio em um grande festival internacional: Marcélia Cartaxo foi a primeira, em 1985, com A Hora da Estrela. O filme foi relançado em cópia restaurada no Festival do Rio. De Cajazeiras até a remiação em Berlim, ela conta histórias do filme. 
Tudo começou com o grupo de teatro Terra, do qual Marcélia fazia parte em Cajazeiras, e que revelou também Nanego Lira, Soia Lira, Eliézer Rolim e Luiz Carlos Vasconcelos. O grupo estava em São Paulo para três apresentações em um evento. “A gente recebeu uma proposta para fazer o Mambembão, onde peças do Nordeste se apresentavam no sul e as de lá vinham para cá”, lembra a atriz. O espetáculo chamava-se Beiço de Estrada, escrito e dirigido por Eliézer Rolim. A diretora Suzana Amaral, já em busca da protagonista de sua versão para o livro de Clarice Lispector, estava na plateia.
Suzana assistiu às apresentações com o ator paraibano José Dumont, que já estava escalado no elenco, e convidou Marcélia para viver Macabéa. O ano era 1982 e Marcélia tinha 18 anos. Foram precisos mais dois para a diretora conseguir o financiamento da Embrafilme. Enquanto isso, as duas foram se correspondendo. “Ela foi me dirigindo por carta”, recorda Marcélia. “Eu costurei uma camisola feita de saco de açúcar que uso no filme, ela me disse para ir à periferia para observar as Macabéas”.
Marcélia ainda não tinha lido A Hora da Estrela e ganhou um exemplar de Suzana Amaral. “Eu achava o livro muito confuso. Tinha a história de Macabéa e Olímpio, mas também a do narrador”, conta Marcélia. “Clarice era considerada uma escritora difícil de adaptar. Mas li o livro umas 20 vezes”. Mesmo com essa preparação, os produtores exigiram que a paraibana se submetesse a um teste e disputasse o papel com outras atrizes. “Quando fiz o teste, eles ficaram todos enlouquecidos”, recorda. “Foi a cena em que Macabéa datilografa e come um pão com salsicha e a salsicha escapole do pão. Suzana só foi me dar o roteiro quando passei no teste”.
Enquanto o resto do elenco – o velho amigo José Dumont, Fernanda Montenegro, Tamara Taxman, Denoy de Oliveira – foi hospedado em um hotel, Marcélia ficou isolada em um quarto na produtora. “Ninguém podia falar comigo, me tocar. No set, eu tinha que ficar em uma cadeira, voltada para a parede! Tudo pra eu não perder a brejeirice”, conta.
Depois do filme pronto, a primeira parada de A Hora da Estrela foi o Festival de Brasília, no final de 1985. Foram 12 prêmios, incluindo filme, melhor atriz, para Marcélia, e melhor ator, para José Dumont. Em fevereiro de 1986, foi a vez do Festival de Berlim. Marcélia teve que conseguir dinheiro e roupas para enfrentar o frio da Europa.
Lá, enfrentou mais problemas. “O filme passava no segundo dia. No dia da exibição, resolvemos ir de ônibus do hotel para o cinema. Aí, fui agredida no ônibus por um homem, que ficou me batendo. Depois que ele desceu, soubemos que era um neurótico de guerra que achou que eu era turqueza”, lembra. Depois da exibição, o público alemão na rua a confundia, mas com a própria Macabéa – tal foi a repercussão de seu trabalho.”Eu só podia ficar seis dias e o cônsul perguntou se a gente precisava de alguma coisa. Eu disse: "Quero ficar até o fim do festival".
No dia da premiação, Marcélia estava hospeada na casa de uma brasileira. Suzana, que estava no hotel, a chamou. “Ela me disse: "Marcélia, senta aí". A diretora revelou que A Hora da Estrela ganhou três prêmios: o prêmio Ocic (da Organisation Catholique Internationale du Cinéma et de l’Audiovisuel), o prêmio Cicae (da Confédération Internationale des Cinémas d’Art et d’Essai Européens) e o de melhor atriz.
O prêmio foi entregue por Gina Lollobrigida, presidente do júri. “Ela disse que ficou muito chocada com o filme e perguntou se aquilo existia mesmo no Brasil. E eu respondi que haviam centenas de Macabéas em São Paulo”, conta Marcélia.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Miguel dos Santos



Esse vídeo registra a visita dos alunos de arquitetura do professor-arquiteto, Expedito de Arruda, ao ateliê do artista plástico, Miguel dos Santos. Originalmente gravado em formato VHS, o vídeo fazia parte da Exposição Itinerante do IV Centenário da Paraíba, ocorrido em 1985. A cópia da fita da exposição tem destino ignorado. A presente edição foi feita a partir da fita original VHS, com ligeiros ajustes de croma.

Depoimento de Martinho Campos



Vídeo realizado no auditório do Sebrae, após a exibição do documentário sobre a trajetória política de Martinho Leal Campos, durante a ditadura militar. O documentário teve a direção de Mirabeu Dias e participação de professores da UFPB, como: Genival Veloso de França, João Batista de Brito, Humberto Fonsêca, Natanael Hohr, Wilson Marinho.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Primeiro de Abril, Antes e Depois de 1964

Wills autografa exemplares do livro, "Primeiro de Abril, Antes e Depois de 1964".

O escritor Wills Leal nasceu em 18 de setembro de 1936. Preso durante a Ditadura Militar ao ser confundido com a pessoa que lançou uma bomba no Aeroporto dos Guarapes, Wills conta essa e outras histórias em livro. Na noite de 1º de abril de 2014, Wulls Leal faz o lançamento do livro, "1º de Abril Antes e Depois de 64", na rampa do Tropical Hotel Tambaú, em João Pessoa, No convite, por telefone, Wills avisa que o lançamento não teria discurso. Também, não teria coquetel, em obediência a Lei Seca. O autor, que é presidente da Academia Paraibana de Cinema, narra na obra diversos acontecimentos da época de maneira bem humorada. 
“Acredito que as pessoas vão gostar do texto porque é um texto que inova a partir de uma concepção literária e a partir de um conceito de reconstrução histórica e principalmente por que é calcada no bom humor dentro da própria alma brasileira”, disse o autor.